"Uma série de princípios comprovados para guiá-lo no Novo Ano"
Por Roger Ellerton Phd, ISP, CMC, Renewal Technologies Inc.
Quantos de nós já não estabelecemos resoluções para o Novo Ano ou metas para a nossa vida que são todas rapidamente esquecidas ou colocadas de lado até o próximo ano? A seguinte série de princípios irá ajudá-lo a realizar suas resoluções de Ano Novo e muito mais. Leia tudo cuidadosamente. Conteste-os, já que na primeira leitura você pode não entender ou concordar integralmente com alguns princípios. Agora ou no dia primeiro de janeiro, selecione um deles e o coloque em ação por uma semana. Observe como as coisas melhoram na sua vida e como você fica mais próximo de realizar seus desejos. No final de cada semana foque num novo princípio até que todos os sete se tornem um modo de vida para você.
1. Não existe fracasso, apenas feedback.
Você já não fez algo que não saiu como você havia planejado? Quantas vezes você interpretou isso como fracasso e, possivelmente, se puniu, ou culpou os outros? Muitos de nós foram treinados para julgar seus resultados como sucesso ou como fracasso. Como a sua vida mudaria se você visse o fracasso apenas como um feedback – uma oportunidade para aprender como não fazer algo e se tornar flexível para desenvolver novas maneiras de alcançar o seu resultado planejado? Da próxima vez em que algo não se desenvolveu como planejado, aceite isso como um feedback, fique curioso e faça perguntas como: "O que eu preciso aprender sobre mim, os outros, meu trabalho ou o ambiente familiar, de modo que, se uma situação semelhante ocorrer no futuro, eu possa conseguir um resultado melhor?"
"Eu não fracassei. Eu apenas descobri 10.000 maneiras que não dão certo." Thomas Alva Edison, cientista e inventor.
Como seria diferente o seu local de trabalho se o fracasso fosse visto como feedback? Você e os outros ficariam mais dispostos a explorar novas maneiras de realizar o seu trabalho com mais eficiência, mais eficácia e mais prazer?
2. Você não pode não se comunicar.
Muitas vezes nós achamos que nos comunicamos somente quando falamos ou escrevemos. Isso não é assim. Considere as seguintes situações: 1. Você está numa reunião do grupo de trabalho sentado meio de lado, com os braços cruzados e uma cara de irritado, e não participa da discussão de maneira nenhuma. 2. Você escolheu não responder ao telefone e nem às mensagens do e-mail naquela hora e nem depois. Mesmo sem nenhuma comunicação você está enviando uma mensagem que, freqüentemente, não é positiva. Quem realmente você está prejudicando?
Você está sempre se comunicando, seja através do seu tom de voz, ações, expressões faciais, gestos e linguagem corporal. Pare um pouco para pensar e veja o impacto que as suas ações estão tendo no sistema como um todo. É essa realmente a impressão que você quer criar ou a mensagem que quer transmitir?
3. Seja flexível – se o que você está fazendo não está criando os resultados que deseja, faça alguma coisa diferente.
Você já não se sentiu marcando passo na vida, fazendo a mesma coisa repetidas vezes e sempre esperando conseguir um resultado diferente? Esse é o amplamente conhecido conceito de insanidade. Se você quer que a sua vida seja diferente, fazer a mesma coisa com mais freqüência, com mais esforço ou chamando mais a atenção, não é a maneira de mudá-la. Você precisa escolher alguma coisa diferente. Se você tentar uma chave na fechadura e ela não servir, você vai continuar tentando a mesma chave repetidamente? Ou você vai ser flexível e tentar outra, até achar uma chave que funcione?
É o mesmo na sua vida. Seja flexível, explore diferentes comportamentos e estratégias para descobrir o que você realmente quer na vida ou quem você está destinado a ser. Se você é pai, considere o seguinte: não existem crianças resistentes, apenas adultos inflexíveis.
4. O significado da comunicação é a resposta que ela produz.
A intenção da sua comunicação nem sempre é o que é entendido pela outra pessoa. E o que é mais importante: a sua intenção ou o que é entendido? Não importa qual é a sua intenção, o que importa é o resultado que você produz com as suas palavras, tom de voz, expressões faciais e linguagem corporal. Ao aproveitar a resposta da outra pessoa como um feedback e mostrar-se flexível, você pode mudar a maneira como se comunica até alcançar o resultado desejado.
Considere a seguinte situação: eu percebi que uma colaboradora estava vestindo um vestido novo e resolvi fazer um elogio (minha real intenção). Eu disse para ela: "Meu Deus, você está linda nesse vestido." Porém, a reação dela não foi a que eu esperava. Ela pareceu aborrecida e saiu da sala. Eu não sei o que estava acontecendo na cabeça dela, mas obviamente ela ouviu minha mensagem de uma maneira muito diferente da que eu pretendia. Talvez por causa das experiências e das crenças dela, ela interpretou o que eu disse como "se eu estivesse atraído por ela" ou sendo insinuante. Da próxima vez que eu a vir, posso continuar com o mesmo comportamento, ou simplesmente ignorá-la e abrigar todos os gêneros de pensamentos ruins sobre ela. Ou posso reconhecer que o meu comentário não produziu o resultado que eu pretendia e achar uma maneira diferente para me comunicar com ela para que possamos ter uma relação de trabalho produtiva.
5. Todo comportamento tem uma intenção positiva.
Não importa quão estranho, prejudicial ou inapropriado possa parecer para você o comportamento de uma pessoa, isso faz sentido na perspectiva da pessoa engajada nesse comportamento – as crenças e valores dela – e está baseado em satisfazer uma intenção positiva para ela.
O segredo é reconhecer que existe uma intenção positiva por trás do comportamento da outra pessoa – para ela, e talvez não para você. Isso não significa que você precise enxergar o comportamento da outra pessoa como positivo ou aceitável. Pelo contrário, você pode achá-lo bastante desagradável. Você precisa examinar o que está por trás do comportamento para descobrir a intenção positiva ou, se não estiver aparente, procurar uma intenção que faça sentido na sua realidade. Essa intenção pode ser para ela mesma, para você ou para alguma outra pessoa. Assim que você entender a intenção dela, você pode explorar maneiras alternativas para ajudar a pessoa a realizar a sua intenção.
Por exemplo, digamos que você está tendo uma discussão com alguém e que, de repente, ele levanta a voz, joga no chão tudo que estava em cima da mesa e sai da sala. Na sua perspectiva, isso certamente não pode ser visto como um comportamento positivo. O que poderia ser possivelmente a intenção positiva por trás desse tipo de comportamento? Agora olhe para isso pela perspectiva desta outra pessoa. Dado o background dela - as experiências, crenças e valores dela – talvez ela tenha se sentido insegura ou oprimida pela conversa com você. Dados os recursos que ela tinha à disposição naquele momento, essa pode ter sido a única opção que ela achou que tinha a fim de criar algum espaço ou para escapar para um local mais seguro.
O que você pode fazer para evitar um resultado igual na próxima vez? Você pode aceitar o que aconteceu como um feedback, respeitar a perspectiva dela, explorar as possíveis intenções positivas por trás do comportamento dela e procurar outras maneiras de atingir os seus resultados, ao mesmo tempo em que satisfaz a intenção positiva dela. Em outras palavras, ser flexível.
É útil avaliar cuidadosamente os nossos próprios comportamentos numa base regular. Perceba os resultados que você está conseguindo, identifique a intenção positiva por trás desses comportamentos e pergunte: "Existe uma maneira melhor de alcançar a minha intenção positiva que minimize os efeitos colaterais negativos?"
6. Cada um faz o melhor que pode com os recursos que tem a disposição.
As pessoas já têm os recursos que elas precisam para serem bem sucedidas. Entretanto, a perspectiva delas do mundo (crenças, valores e restrições limitantes) ou um estado da mente temporário (oprimido, triste ou zangado) pode impedi-las de enxergar o que é realmente possível ou impedi-las de acessar plenamente as suas capacidades e recursos. Nessas situações, a pessoa pode tomar decisões ou empreender ações que, sobre outro ponto de vista, sejam muito inferiores em relação à capacidade delas e que até podem ser vistas como danosas.
Observando o que ocorreu, esta pessoa poderia ter feito muitas coisas de modo diferente, mas, na hora, isso foi julgado como a melhor escolha. Nós nem sempre tomamos a decisão "certa" ou tomamos a ação "correta"; simplesmente, decisões e ações são tomadas com base nos recursos que nós temos a nossa disposição naquela hora.
7. Você está no controle da sua mente e, portanto, dos seus resultados.
Foi você quem escolheu as crenças, valores e decisões que determinam a sua perspectiva do mundo e como você vivencia os diferentes eventos. Também é você quem pode mudar isso para ganhar uma perspectiva diferente e assim colher os benefícios dos resultados que são potencialmente muito diferentes, trazendo mudanças significativas a sua vida.
Conclusão
Você pode simplesmente ler os princípios acima ou pode começar a colocá-los em ação e fazer deles um modo de vida. Ao fazer isso, você terá a oportunidade de mudar a sua realidade, seus resultados e a sua vida!
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Roger Ellerton PhD, CMC é um consultor certificado de administração e fundador e sócio gerente da Renewal Technologies. O artigo acima é baseado no seu livro Live Your Dreams Let Reality Catch Up: NLP and Common Sense for Coaches, Managers and You.
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