As nossas mentes estão sempre ocupadas, cheias de pensamentos. Sempre estamos pensando sobre todos os tipos de coisas. Muitos de nossos pensamentos estão descrevendo o que está acontecendo ao nosso redor. Outros são sobre nós mesmos.
- Sou gordo.
- Tenho muitos amigos.
- Tenho um temperamento ruim.
Eles podem ser sobre como julgamos o que fazemos:
- Nunca consigo me organizar.
- Sou bom nos esportes.
- Para mim é fácil fazer amigos.
Eles podem descrever nossa visão do futuro:
- Ninguém jamais vai querer sair comigo.
- Nunca irei para a universidade.
- Serei um milionário quando tiver 30 anos.
CRENÇAS
Com o tempo, a maneira como pensamos sobre nós mesmos, julgamos o que fazemos e vemos nosso futuro se tornam um padrão de pensamento muito forte. Os pensamentos ficam bastante fixos e se tornam as nossas crenças centrais. Estas crenças aparecem na forma de pequenas afirmações como:
- Sou gentil.
- Trabalho duro.
- Sou bem-sucedido.
CRENÇAS E SUPOSIÇÕES
As crenças centrais são valiosas. Elas nos ajudam a prever e dar sentido ao que acontece nas nossas vidas. Levam-nos a acreditar que acontecerão certas coisas. Esta é a ligação "SE/ENTÃO".
- SE sou gentil (crença central), ENTÃO outras pessoas gostarão de mim (suposição).
- SE trabalho duro (crença central), ENTÃO conseguirei um bom emprego (suposição).
- SE tiver sucesso (crença central), ENTÃO serei feliz (suposição).
Crenças e suposições pouco úteis
A maioria das nossas crenças são úteis, mas outras são menos valiosas, pois elas evitam que façamos escolhas e decisões reais e podem nos conduzir a suposições falsas sobre nossa vida. Exemplos de crenças centrais pouco úteis podem ser:
- Tudo o que eu faço deve ser perfeito.
- Sempre faço coisas erradas.
- Ninguém jamais vai me amar.
Com freqüência, crenças como essas preparam você para fracassar, sentir-se mal e limitam o que você faz. Levam a supor que coisas negativas acontecerão.
- A crença de que "tudo o que faço deve ser perfeito" pode levar você a supor que seu trabalho nunca está bom o bastante. O resultado disso pode ser sentir=se estressado e descontente, à medida que isso se repete em cada parte do seu trabalho.
- A crença "sempre faço as coisas erradas" pode levar você a supor que não vale a pena esforçar-se. Você pode se sentir triste e ficar desmotivado ou perder o interesse pelas coisas.
- A crença de que "ninguém jamais vai me amar" pode levar você a supor que as pessoas só querem gozar ou se aproveitar de você. Você pode se sentir enraivecido e tornar-se muito rude e agressivo.
As crenças centrais e as suposições são bastante fixas
As crenças centrais e as suposições são geralmente muito fortes e tornam-se bastante fixas. Com freqüência, elas são muito resistentes a qualquer alternativa desafiadora. Qualquer evidência que as questione é ignorada ou rejeitada como pouco importante.
- A garota que acredita que "ninguém jamais vai me amar" pode rejeitar quaisquer sinais de afeição dos seus pais, pois "eles não se preocupam de verdade – estão apenas tentando me controlar".
- Por menor que seja, qualquer coisa que apóie essas crenças parece ser uma prova. A mãe desta garota, pode ter tido um dia atarefado e não teve tempo de lavar aquele item especial de roupa. Para a garota, isso pode ser visto como evidência de que "eu sabia que não se preocupavam comigo".
Eventos importantes
Essas crenças e suposições vêm para o foco do nosso pensamento em certos momentos e são desencadeadas por eventos ou vivências importantes.
- Ser solicitado a fazer uma tarefa pode desencadear a crença central de que "tudo o que faço deve ser perfeito" e a suposição de que "nunca consigo acertar totalmente".
- Fracassar no seu exame de trânsito pode desencadear a crença central de que "sempre faço as coisas errado" e a suposição de que "não vale a pena tentar de novo".
- Ser deixado pela namorada ou namorado pode desencadear a crença central de que "ninguém jamais vai me amar" e a suposição de que "as pessoas só querem me ferir".
Pensamentos automáticos
Uma vez que essas crenças e suposições estão em funcionamento, elas produzem pensamentos automáticos (PAs). Esses pensamentos enchem nossas cabeças e nos fornecem um "comentário" passageiro sobre o que está acontecendo. Muitos desses pensamentos são sobre nós mesmos e uma série deles é negativo ou crítico.
- Ser solicitado a fazer uma tarefa pode desencadear pensamentos automáticos como "não sei o que fazer", "isso não está bom o bastante" ou "tenho certeza de que vão querer mais do que isso".
- Não passar no exame de trânsito pode resultar em pensamentos automáticos como "realmente estraguei tudo", "nunca vou conseguir dirigir" ou "sabia que não conseguiria".
- O final de um relacionamento pode resultar em pensamentos automáticos como "sabia que não ia durar muito, nunca dura", "ele/ela estava só brincando comigo" ou "nunca mais vou ter um(a) namorado(a)".
_________________________________
Retirado do livro "Bons Pensamentos, Bons Sentimentos" de Paul Stallard.
Continua no artigo: "SENTIMENTOS: como você se sente?"
Nenhum comentário:
Postar um comentário